25 de fev. de 2009

DEVANEIO POÉTICO

RASGA-ME O VÉU!...
Maria Dorinha,
25/02/09.
Olho a noite escura,
rogo por ti criatura.
De joelhos em prece,tal como no confissionário,
assumo a culpa por te amar com vestes.
Minha face coberta com véu negro,
esconde a minha triste labuta
em desejar-te em um tempo,que se definha incerto…
Há tempo que desfio lentamente o véu
para te expor minha frágil armadura.
Prefiro me perder nesta saída labiríntica,de que morrer sem este amor desmedido
e moer eternamente em um tempo perdido…
Meu jugo é esperar incerta…
Oh, não sejas descuidado!...
Terminas de desfiar o véuem cadência e em partitura
ou rasga-o com força insana, delirante.
Contempla a minha alvura sem tecedura!…
Ama-me, o tempo é incerto,
ainda possuo uma tênue linha vital.
Aguardo-te por um sopro de vida
para transmutar este momento fugaz em imortal…
Meu corpo perecível será quimera,
neste sonhar descomunal…
Não demoras, a morte invade a vida,
mas antes, desejo-te amar.
Juro que serei intensa…
Que seja último sopro a exalar!…