19 de out. de 2010

LANÇAMENTO DO LIVRO MÁSCARAS DE LUIZA VOLPATO

Quando as máscaras caem...

No próximo dia 26, no Salão Social do Sesc Arsenal, em Cuiabá, a historiadora e psicóloga Luiza Volpato estará lançando o seu primeiro livro de ficção: Máscaras, pela Entrelinhas Editora, com apoio da lei de incentivo à cultura do Estado.
Mas, o que levou Luiza Volpato, depois de tantas publicações acadêmicas, a se aventurar pela literatura, escrevendo histórias de mulheres que nasceram de sua imaginação – talvez não completamente – mas que carregam tramas com alta dose de realismo? “ — De onde vem essas mulheres? Para onde vão? O que elas realmente querem? Será que as conhecemos? Acaso eu não serei uma delas?” podem pensar as leitoras deste livro instigante.
Os homens, não tenham dúvidas, também serão aprisionados pela trama, muitas vezes com a respiração embargada, na tentativa de compreender o que muitas vezes não pode ser compreendido. Podem aventurar-se como um voyer... A possibilidade de mergulhar nestes contos oferece ao olhar masculino algumas visões/sensações/angustias/dúvidas/desejos do universo feminino, onde nem tudo é tão simples, o raciocínio não é matemático e muito menos, objetivo. Um exercício perturbador para os que tem coragem.
“E a autora nos traz mais. Seu olhar de historiadora e cientista social está também presente. Cuiabá, a cidade e seu desenvolvimento urbano aparecem como o cenário vivo das histórias, e os momentos históricos contextualizam os personagens e seus caminhos, de maneira natural e envolvente,” conta a romancista Maria José Silveira, na apresentação do livro.
Aos apreciadores de boas histórias, fica o convite para “ver” algumas máscaras caírem, além do que se pode ver ao olhar com muita atenção – e demoradamente – frente ao espelho.

Máscaras, primeiro livro de ficção de Luiza Volpato

Maria José Silveira

As histórias deste livro falam de relacionamentos familiares. Só que o fulcro do que elas nos revelam está em sua parte feminina – a parte das esposas, mães, filhas, irmãs, madrastas. É na mulher dentro da trama intrincada das teias amorosas e familiares que a autora foca sua lente sensível, e reflete.
Suas personagens são contemporâneas (algumas jovens, a maioria já madura), profissionais, independentes, vivendo conflitos atuais, verdadeiros, e com uma grande capacidade de refletir sobre eles na procura de compreendê-los e, se possível, superá-los. São mulheres que, perdendo suas ilusões, ousam enfrentar a si próprias e se conhecer. Querem a verdade para se situar no mundo e, de alguma forma, recomeçar.
São personagens que nos conquistam pela veracidade do drama que vivem. São de carne e osso, sofrem – mas querem compreender porque estão sofrendo, e não simplesmente se render e se acomodar. Seus dramas são contemporâneos, nada infrequentes. Reais.
No lugar das ilusões de um mundo idealizado, a compreensão possível do mundo real e dos problemas que ele coloca.

Sobre a autora

LUIZA RIOS RICCI VOLPATO é mineira e mora em Cuiabá desde 1975. Licenciada em História pela FFCG-RJ, é mestre e doutora em História pela Universidade de São Paulo, USP e psicóloga pela Universidade de Cuiabá, com formação em Análise Bionergética pela Sociedade Brasileira de Análise Bionergética. Professora aposentada do Departamento de História da UFMT, também atuou como professora da Faculdade de Psicologia da Unic. Atualmente é psicóloga clínica. Publicou diversos artigos, textos, capítulos de coletâneas e os seguintes livros: Entradas e Bandeiras, pela Global Editores (1985), em 7ª edição; A conquista da terra no universo da pobreza: a formação da fronteira Oeste do Brasil, pelo INL-Hucitec, 1987 (esgotado); Cativos do sertão: vida cotidiana e escravidão em Cuiabá 1850-1888, pela editora Marco Zero/EdUFMT (1993), em 2ª edição. Máscaras é o seu primeiro livro de ficção, e está sendo lançado pela Entrelinhas Editora.

11 de out. de 2010

MÁSCARAS

REALIZO, LOGO SOU





Mino: “Existe uma sensação estranha e angustiante que nos acomete quando olhamos para nós mesmos e vemos – além das obviedades mundanas – um hiato monstruoso entre o ser e o ter”
Mino de Oliveira (minodeoliveira@sosaguaevida.org.br) é um ser humano bastante interessante. Depois de viver como um produtor cultural de bastante sucesso, ganhar muito dinheiro e viver com muito luxo, se sentia incompleto, infeliz. “Era a síndrome do vazio interior. Sinais disso eram os três maços de cigarros que fumava por dia e a necessidade de tomar lexotan para dormir. Então, eu decidi largar tudo e buscar outros caminhos. Depois de um duro processo de mudança de rotina, durante o qual cada minuto era uma nova incerteza e uma lição a mais, tornei-me um homem bem humorado, despreocupado com posses e com o julgamento alheio, e livre das amarras sociais impostas”, conta ele.
Depois disso, escreveu “Realizo, Logo Sou”, um livro onde ele convida o leitor a questionar seu modo de vida e a promover mudanças, mencionando como exemplo a sua própria experiência na busca da realização pessoal através da identificação de seus mais íntimos anseios e sentimentos. Mesmo que isso tenha levado a ele a abandonar as situações sociais e profissionais aparentemente confortáveis. “Quero instigar o leitor a avaliar seu grau de satisfação com a vida e a libertar-se de tudo o que o desvia da sua realização como ser humano. Quero questionar o modelo de existência que aprendemos desde o berço que, segundo o autor, nos leva a perseguir diuturnamente sexo, tempo e dinheiro; esquecendo as vocações mais íntimas e distanciando-nos da nossa realização pessoal”, diz.
Assim, Mino criou alguns termos ou filosofias que ele acha importantes:
• Normose – é o politicamente correto, aceito automaticamente, que ninguém questiona.
• Homo-bossalis – é o ser humano típico atual, que usou toda a sua inteligência para criar o caos em que vivemos hoje, com muita violência, fome, desigualdade e desequilíbrio ambiental.
• Síndrome do vazio interior – é a sensação de que ainda não se chegou à felicidade, por mais que se tenha dinheiro, status, conforto, etc. “Quase todo mundo sofre disso e não sabe”.
“Hoje, 98% da população do planeta trabalha fazendo o que não gosta, para sobreviver, e adquire sintomas de um denominado novo mal do século: a Síndrome do Vazio Interior, caracterizado por apatia, mau humor, desânimo, estresse, angústia, depressão, insegurança, agressividade, pânico, etc., que acomete o homem moderno, engajado nessa luta entre o ter e o ser”, finaliza.
Informações para Imprensa: Vanessa Oliveira : (11) 9392-7320
Mino de Oliveira: (11) 2862.0024 / 9420.2012

7 de out. de 2010

MÁSCARAS


LANÇAMENTO DO LIVRO DE MINHA AMIGA LUIZA VOLPATO.